Psiquiatria forense e cultura

Descrição

A agressividade e a violência sempre estiveram presentes na história da humanidade, desde os seus primeiros tempos, quando eram essenciais para a sobrevivência. Estas emoções são parte inerente da experiência humana, embora suas formas de expressão tenham mudado ao longo dos séculos.

Embora a ideia de que “o homem é responsável por seus atos” pareça natural para nós hoje, essa noção não foi sempre assim. A responsabilidade pessoal não surgiu instantaneamente; ela desenvolveu-se gradualmente com a evolução das culturas ao longo do tempo. Até o final do Período Arcaico (séculos VII e VI a.C.), acreditava-se que os deuses eram responsáveis pelas ações humanas. Para que o ser humano pudesse assumir a responsabilidade por suas ações, era necessário que ele alcançasse uma definição existencial que o diferenciasse do ambiente ao seu redor e o liberasse da influência divina, conferindo-lhe a capacidade de vontade. Esse desenvolvimento foi crucial para a formação da subjetividade e da autoimagem.

Esta transição, da subordinação aos desejos divinos para a construção do sentido de si mesmo, foi fundamental para o surgimento da responsabilidade individual, que levou à necessidade de leis, normas de comportamento e ao estabelecimento da Justiça. O objetivo deste livro é explorar a trajetória entre a formação da subjetividade e o desenvolvimento do Direito, destacando a origem da psiquiatria forense.

Autor: Sérgio Paulo Rigonatti

Editora: Vetor

ISBN: 9788575852873

Tamanho: 16 x 23 cm 

Páginas 218 páginas 

Edição 1ª edição (1 janeiro 2009)